01 agosto 2005

Desfecho

Então... na quarta passada, voltei ao estacionamento do Hospital São Caetano.
Dessa vez, nada de sutilezas. Ele foi reto e direto, enquando tirava o papel da maquininha:
-Senti saudades. Não paro de pensar em você desde aquele dia.
Constrangida, peguei o papel e saí tropeçando nas pernas.
-Desculpe, eu sei que não deveria, que você é casada, mas...
Fui embora encontrar meus pais que tinham ido antes com minha prima, deixei-o falando sozinnho.
Mas o menino é muito cara de pau, não?
E além de tudo, não tô com essa bola toda, não.
Me poupe.
Fui buscar o carro com pai e mãe à tiracolo.
Ele não estava mais lá.