02 abril 2008

Cachoeira do Gato



Mal chegamos a Castelhanos, tomamos uma água e fomos para a Cachoeira do Gato. Subimos uma trilha nada fácil. Bom, pelo menos para mim, não foi fácil. Atravessamos pequenos riachos sobre pedras, subimos degraus, nos escoramos em árvores, e depois de mais ou menos 40 minutos de caminhada intensa chegamos e tivemos esta vista deslumbrante.
Não contente com a vista, entramos na cachoeira geladíssima. De maiô, shorts e pasmem... meias. Sim, o guia nos orientou a ficar de meias para não escorregar nas pedras.
Eu duvidei de mim mesma. Claro que eu não entraria. Mas ao mesmo tempo pensava: como? Como, se cheguei até aqui com tanto sacrifício (um doce sacrifício, eu diria) e essa água fresca me espera? Enquanto eu pensava, todas as pessoas do grupo (8) já estavam passando pelas enormes pedras e entrando na água.
Ainda duvidando de mim, tirei a blusa, guardei a câmera e lá fui eu. Aos gritos. Tão gelada, tão boa, tão linda, tão limpa.
Senti orgulho de mim mesma. E num instante a água já nem era mais fria. Saí de lá com a alma lavada e enxaguada pela natureza.
Estava até meio tonta ao sair da cachoeira. Uma delícia, uma experiência fantástica. Eu não me perdoaria se não tivesse entrado.
Voltamos e a descida foi tranquila, apesar da fraca chuva que caia. Quase no final, levei o maior tombo. Dei muita risada e toda cheia de barro fui embora... a água lava tudo.