04 fevereiro 2010

As águas de fevereiro

Falta pouco para terminar fevereiro, mês curto. Mas falta muito para que as águas de março fechem o verão.
Nossa... tá complicado aqui em São Paulo, sabe?
Hoje saí de casa por volta de 12:30*. E o medo? Há que se sair bem cedo, para voltar antes da chuva e mesmo assim, se vai aos trancos e barrancos olhando para o céu, e torcendo pro trânsito estar "menos ruim".
Fui a três ou quatro lugares, comprei um presentinho para a Gabi (que faz aniversário amanhã), e mais duas ou três coisinhas que não estavam programadas. Olhei pro céu. Azulzinho que dava gosto. Entrei no restaurante (quilo), comi uma comidinha deliciosa e leve, tomei um missoshiro, e corri pro estacionamento pegar o carro.
O céu continuava azulzinho, azulzinho. Peguei o caminho da roça, mas como o céu continuava lindo, passei no supermercado e na farmácia.
Pensei: estou dando sopa pro azar, mas dane-se. O céu tá lindo, a chuva hoje vem tarde. Vou ao sacolão.**
Quando já estava praticamente de saída, a Cema me ligou no celular, e conversa vai, conversa vem, ela estava indo pra lá. Sugeriu que eu a esperasse. A tentação de esperá-la foi grande, mas o medo da chuva foi maior.
-Cê é doida, Cema? Vai chover em breve.
-Que nada, é cedo ainda.
Já bem pertinho de casa, maior toró. A rua já estava uma enxurrada só, mas entrei facilmente na garagem.
Graças a Deus, pensei, estou tranquila, os "meus" estão em casa e que Deus proteja os que estão na chuva.
Celular tocando: "Mary, o sacolão da Vila Mariana virou um rio."
Bem, hoje a cidade inundou as 4 da tarde, a Cema aó voltou pra casa as 8 da noite, quando as águas baixaram.
Até quando?

*SP está como Belém do Pará. Se você quiser se encontrar com alguém, há que se fazer a pergunta: "antes ou depois da chuva?"
**Acreditem se quiserem. O sacolão da Vila Mariana (na Ricardo Jafet) é chiquérrimo, benhê. Compra-se bem, paga-se bem também, o estacionamento é ótimo e tem muita gente bonita.
***Mas a Cema disse que hoje a beleza foi pro o brejo. Todo o imenso estacionamento do sacolão virou um rio.

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