29 agosto 2015

Babilônia (por mim)

Se eu disser que gostei do final da novela Babilônia, estarei mentindo. Aliás, a nossa tendência é NUNCA gostar de final algum de novela. Nunca ficamos totalmente satisfeitos com o rumo dos personagens. Queremos sempre mais.

Eu sou noveleira, sim.  No momento estou apaixonada por Walcyr Carrasco e por sua novela das 23 horas "Verdades Secretas". Qualquer final que aconteça, vai ser maravilhoso, pois a trama é ótima. Que sofram os vilões, que tenham o céu os bonzinhos. (se bem que o céu deve ser um tédio, heim? O inferno definitivamente deve ser muito mais interessante)

Bom, voltanto a Babilônia. Não gostei do começo da novela, mas sou persistente. E enquanto 80, 90% das pessoas que conheço, iam deixando de acompanhar, eu, teimosa como uma porta, continuava assistindo.

E a sensação que eu tinha, é que de todo o meu ciclo de amizades, só eu via a novela. Eu e meia duzia de amigos. Sei lá, talvez por gostar e respeitar o trabalho do Gilberto Braga, talvez por curiosidade, ou mesmo por gostar de alguns dos atores.

Exemplo: Glória Pires. "Não estou disposta". Ah... nunca vi a Glorinha tão bem em outra produção. Linda de corpo, de rosto, de pele, postura, figurino, maquiagem. Linda do começo ao fim. Prestei atenção em cada brinco que a personagem usava. Phina, como diria Hugo Gloss. Super fina e charmosa.

O núcleo engraçado, pra mim, não teve a menor graça. Também não gostei do tanto de violência e maus exemplos (tipo uma aula completa de como lavar dinheiro) do conteúdo. Muita matança e muita justificativa. Será que os fins justificam os meios?

Mas impossível não falar do amor das duas "ricatchonas" Fernanda Montenegro e Nathália Timberg. Lindo romance, lindos beijos, lindos selinhos,  suave e discreto amor. Se bem que amar na riqueza é muito mais fácil e acessível do que amar na pobreza, não? Mas as duas divas foram impecáveis. Talvez isso tenha me deixado também presa à novela. O amor das duas senhoras. O amor pelo filho e a coerência das personagens.

E o final "Thelma e Louise" das vilãs? Só rindo. Na novela os maus morrem, queimam no mármore do inferno, ao invés de apodrecer na cadeia.

Pausa feita à vilã menor Arlete Salles, que deu um show de interpretação com sua Consuelo. Como não amar os seus cacos "ateuzinho lésbico" e as palavras inventadas? Tipo "invertidos"? 

Agora é esperar pela próxima, que promete. O que eu gosto mesmo é de novelas com sotaques e trejeitos pra gente imitar e sorrir e zoar. E com todo o respeito a Gilberto Braga, essa não me fez tanto suspense, não me deixou louca pelo capítulo seguinte.  Mas o trabalho foi feito, e a missão foi cumprida e comprida. Vamos em frente, esperar características nossas e de nossos amigos nos novos personagens. Pois, sim... por pior ou melhor que sejam, os personagens sempre têm um pouco de nós ou de alguém que conhecemos. E isso é novela, e isso é vida, e isso é dia a dia. Ler nas entrelinhas e no comportamento, o conteúdo das pessoas. Tarefa para os bons escritores.



 As mais belas cenas








1 Comments:

At 29/8/15 17:59, Blogger Vera said...

Eita ermã, como sempre escrevendo bem demais! Eu não assisti a novela, mas ao ler seu comentário vejo que nada perdi. Parabéns pela clareza, beijooooo

 

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