23 agosto 2006

Fogo no rabo

Justo hoje que estou sem carro, tenho vontade de sair.
Estou me achando. Mais de uma semana de dieta, feita bem certinha (*dois mínúsculos deslizes) e já me sinto magra. Não estou, mas é como se estivesse, tendeu?

Hoje de manhã dei uma passada no cabeleireiro, uma arranjadinha no visual. Coisa pouca.

Volto para casa apressada, Orlando precisando do carro, um homem na porta da minha casa, fumando, de bonezinho amarelo, diz:
-Oi, princesa!
Dou uma de "migué" e não respondo. Pego tudo do carro: bolsa, óculos, telefone, máquina fotográfica (não saio sem ela), e esqueço as chaves. Claro, o homem estava me intimidando.
-Trabalhei a noite toda, vim receber. Pode me dar uma ajuda, enquanto meu pagamento não sai, princesa?
-Eu também estou chegando do trabalho, dá licença! (eu de cara feia)
Não quis voltar pro carro para pegar a chave de casa, fui entrando e chamando pela Maria.
Orlando saiu e o tal "home" cara de pau se picou.
A gente nunca sabe se é pedinte, ladrão, ou o que são essas peças, pois não temos segurança alguma. E não mais existe o protótipo nem de mendigo, nem de ladrão. Qualquer um pode ser qualquer coisa.
De qualquer forma, fosse ele o que fosse, achei bem cara de pau.

quando alguém me olha da forma como ele meolhou, eu fico tão envergonhada, que tropeço nas minhas próprias pernas

*um dos deslizes não foi tão pequeno assim. Foi no Japa da Rita