19 novembro 2006

Iracema

Cema, você é uma luz na minha vida. Apesar das correrias, apesar da minha ausência, apesar de tudo.

-Mary? O que você está fazendo?
-Nada, Cema.
-Abra a porta, estou em frente à sua casa.

Nem fiquei surpresa com a visita inesperada as 16 horas desse domingo quente. Parecia que eu sabia que a Cema viria. Cema, minha companheira de tantos anos, minha amiga querida. Amiga de TODAS as horas.

Nos abraçamos fortemente, e ainda que eu nada tivesse dito, Cema sabia o que eu estava sentindo. Ela sente. Nós duas somos assim.

Mas falamos. Falamos e choramos. Ela é das pessoas mais iluminadas que conheço.
Veio para trazer o convite de casamento do Digo, veio para me dar um abraço.

Cema, você deve sim, ter idéia do que representou o seu abraço e o abraço do Reginaldo, não é? Obrigada, amiga. Obrigada por existir e adivinhar a hora que eu mais precisei de você. Foi como um chamamento solitário, muito baixinho, e você ouviu.

Obrigada pelo convite. Irei sim, claro. Com muita alegria ver a felicidade do seu filho e da Alessandra, ambos grávidos.

Um beijo, minha querida.
Vou parafrasear você aqui: te amo até que Deus envelheça.