Sétimo

Vera e eu, no início da festa, comportadíssimas.

Minha pessoinha e o chefinho, Beto Muniz. Mais um ano, heim Beto?

Vera, Lia Falcão, Argento, Beto, eu e Ly Sabas. Impossível juntar todos os anjos. Ficam batendo asas entre as mesas, num vai e vem que nos deixa loucos. Salutar loucura! (ainda comportados, antes que eu tirasse as tiaras da bolsa.

Vejam que graça de meninos: Argento, Beto e Cyrano.

Figuraças!

As tiaras rodaram de mão em mão... ops... de cabeça em cabeça. Quase todos os anjos posaram de tiaras de Frida. Foi uma festa. Não sei o que me deu na telha de levar as tiaras.

Nós duas. Eu levei o bolo, no melhor sentido da palavra. Olha a carinha de alegria da aniversariante. Valeu a foto, heim? O bolo vocês podem ver lá no site dela

(relato do Beto Absurdos Muniz)

Todos os anos, quando estou a caminho da festa de confraternização, vou pensando no baixo número de confirmações de presença e temendo que o povo-anjo falte a nossa festa e eu fique lá, com os livros, um chopp e os amigos fiéis rememorando o início de tudo. Já prometi que enquanto duas pessoas estiverem comigo os Anjos de Prata estarão vivos, mas temo estar sempre a caminho da última festa. E vou dirigindo rumo ao local da festa com esses pensamentos pessimistas... sim, se estou abrindo o coração devo confessar ainda que sou otimista no decorrer da organização, mas acometido por inseguranças diante do último passo, antes das cortinas se abrirem e começar o espetáculo. Deve ser normal esse frio na barriga, mas eu esquece de ser racional quando estou ali, no palco, uma cortina me separando da platéia. Esse ano foi igual, peguei carona com a Ivone, que chegou em casa atrasada, descabelada e botando a culpa de tudo na filha. Apesar de confortavemente espremido no banco traseiro e fazendo piadas sobre inúmeros assuntos, uma parte da mente estava dedicada a esfriar a barriga. Quando o carro parou na esquina da Alameda Santos com a Rua Joaquim Eugênio de Lima o Cyrano me liga cobrando pelo atraso, dou uma desculpa e aviso que estou na entrada. Desligo, pego duas sacolas com livros e entro no Ráscal. Fico alguns segundos na porta, olhando aquele salão cheio de gente estranha e penso que o povo-anjo não chegava e a gerência liberou as mesas para seus clientes. Mixou a festa. Ainda segurando o peso de 80 livros volto dois passos e pergunto para a recepcionista se aquelas pessoas todas são da festa ou clientes deles. Ela me garante que são todos "do livro".

Deixo as sacolas de livros pousar no chão e começo a procurar rostos conhecidos. Lá na quarta fileira uma migo, o Cyrano, ufa, estou sim no lugar certo... sensação estranha para quem deveria ser o anfitrião. Pergunto para o rapaz que está na mesa mais próxima quem é quem ali, é o Dam Nacimento, anjo estreante. O coração vai se acalmando e começo a ir de mesa em mesa finalmente reconhecendo alguns rostos amigos perdidos entre o mar de novos amigos a fazer.Eu estava apenas 45 minutos atrasado e encontrei o local cheio de Anjos, a maioria estreando nas festas, senti falta de alguns, sabia que outros não viriam. Comecei a distribuir pacotes de livros e fiquei angustiado com a demora da Silvia que traria outra parte de livros. Fui obrigado a ligar pedindo que ela acrescentasse mais 10 pacotes na caraga que eu já tinha preparado no carro. Muita gente que não tinha confirmado apareceu por lá querendo seus exemplares. Contrariando minha expectativa a caminho da festa, fui obrigado a amargar certo constrangimento quando não parava de chegar gente e não tinha mais mesas nem cadeiras disponíveis. Eu não deveria ficar feliz com isso, pois muita gente ficou de pé, mas lá pelo meio da festa o Restaurante Ráscal ficou pequeno. Eu me senti o próprio Paulo Autram depois que as cortinas se abriram. A platéia foi maravilhosa e estou começando a achar que sempre terei bem mais que os dois Anjos de Prata necessários para manter minha promessa. Mais uma festa dessa e começo a pensar que seremos eternos.Obrigado a todos!Especialmente aos que estiveram de pé...

rssssbeijabraço.

Beto Muniz