Cutcho
Por causa do frio, fiz um "cutcho" bem gostoso para meus bebês. Mas a Isabel que nem quis saber. Ela não se mistura. Mas vejam que graça ficaram o Léo e a Clarinha no meu cutcho. Ela dando banho nele é a coisa mais linda do mundo.
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7 Comments:
Lindo é você que dá um banho de língua portuguesa.
Uia, também me diz um cutcho pros meus filhinhos, peguei um cobertor velho e coloquei no sofá, claro que a prima de Izabel, a Kadja preferiu dormir na cadeira da cozinha. Os machos e a pequena Luna Litle se uniram no frio e dormiram em quatro no sofá, o Elvis como tem barraco próprio não compareceu.
Coloquei roupa de lã no velho Negão e deixei que ele dormisse na lavanderia com sua esposa Lilica.
Eu que ia dormir mais cedo, fui acordada à 1 da madruga, até polícia rolou aqui. Vou contar lá no bloguinho - "doppo"
Conta logo, Vera.
Conta logo.
Eu também ia dormir cedo, fiquei acordadíssima até as 3 da matina.
Aristeu... obrigada, se for mesmo um elogio sobre o meu português.
Mas se for brincadeirinha sobre as minhas "palavras inventadas" tipo cutcho, eu te mostro um texto meu sobre o assunto.
Beijos pros dois.,
Já contei lá no Pintorama.
Vai lá ver ara.
Litle Marie, eu adoro a arte das palavras inventadas, remodeladas, mal pronunciadas, menos presas, porque tudo que precisamos chama-se liberdade de expressão (Expressão é uma palavra que significa não haver mais pressão). Tamo de combinação?
Significado de Cutcho
Ora pois bem, me tiraram sarro quando disse uma vez a palavra “cutcho” para me referir à cama. Senti-me envergonhado, mas eu tinha certeza da relação entre o termo e o significado.
Essa certeza tem origem em memórias afetivas, da época em que eu ia dormir na casa da minha avó ítalo-brasileira e ela se referia à cama improvisada que arrumara para eu dormir de “cutcho”.
Ou das vezes que ela me visitava domingo cedo - momento da semana em que eu me encontrava em uma preguiça gostosa, a qual costumo exercitar até hoje nos domingos de manhã (especialmente nos que fazem frio) - e entrava no meu quarto, me aconchegando enquanto dizia “Tais aí no cutcho meu neto? Nesse frio tem que fazer isso mesmo, meu lindo”
Enfim, o orgulho despertado por ter sido zoado me fez ir atrás de compreender a origem do termo, uma vez que minha avó era fluente em um dialeto italiano que aprendera com seus pais e avós durante a sua criação e falava um “português italianado” como ninguém.
Depois de pesquisar um pouco, deparei-me com o termo italiano “cuccio” que, segundo o dicionário italiano, refere-se à palavra “cucciolo”, a qual traduz-se ao português “filhote”, ou, para o inglês “puppy” - que, na minha opinião, representa melhor o sentimento que nós trás ao vermos um filhote.
Além disso, “cuccio” pode referir-se ao termo “Accucciato”, que, na tradução literal vira “agachado”, mas que também expressa a ideia de “encolhido”.
Pode-se dizer então que a aura que carrega o termo “cuccio” remete a algo “fofo”, como um filhote, ou “confortável” (agachar-se/encolher-se). A sensação que a palavra me traz, quando ouço ela de minha nona, é de “cócegas no cérebro”.
Em suma, “cuccio” significa literalmente filhote, mas fora usado por minha avó no sentido que carrega - e muito bem - a palavra inglesa “cozy”, isto é, algo aconchegante, ou lugar confortável/relaxante.
Enfim, linguagem é um assunto interessantíssimo.
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