Preconceito.

Não circulamos pela avenida como no ano passado. Decidimos ficar estrategicamente parados em frente ao prédio da nossa amiga, ao lado da Alameda Casa Branca, quase em frente ao Masp. Foi a melhor escolha, pois tinha gente demais. Muito mais gente que no ano passado. Não dava para andar, nem para se interar de tudo. Foi estressante chegar ao ponto de encontro. Nos contentamos em ver os carros passando com homens lindíssimos, algumas mulheres bonitas, e a maioria nem tanto. Foram 23 carros. Nossa, quanta gente. Uma verdadeira multidão.

Colírio

Eu faço questão de ir na parada, pois apoio o movimento. Especialmente esse ano, que falavam em homofobia e machismo.

Muito se fala em preconceito, mas existe também o preconceito ao contrário.

Por exemplo, homossexuais que acham que quem vai até a Av. Paulista na Parada Gay, só pode fazer parte do grupo. Ou gosta da coisa. Eu discordo. Não que eu esteja preocupada se irão desconfiar da minha opção sexual mesmo depois de 30 anos de casada e mãe de três filhos (e isso não quer dizer nada, já cansei de ver casos semelhantes que abandonaram a vida “tradicional” pra viver com uma pessoa do mesmo sexo). Mas essas pessoas existem. Homossexuais (claro que não estou generalizando) que acreditam que quem vai na parada gay, necessariamente é gay, principalmente os homens.

Ora, ora, ora. O que que você foi fazer lá, meu rapaz, se você pensa assim?

Me lembro que no ano passado, uma amiga minha, leitora do blog, perguntou se eu não tinha vergonha de ir na parada gay. Putz... achei o fim. Mas ao menos ela é preconceituosa e não nega isso, o que não acontece com alguns gays, como já expliquei.

Bom, o fato é que a Parada existe, é na minha cidade, é a maior do mundo, e euzinha que lá estive por 4 horas ou mais, não vi nada de errado. Nem briga (só umazinha, que foi logo apartada), nem drogas, nem sexo (como dizem alguns). Vi alegria, muita festa, muito colorido e paz.

Se alguém viu, me conte. Eu não vi mesmo.

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amanhã, mais fotos e encerro o assunto.