Passa de duas da manhã.
Cansei de ficar na cama, intuitivamente vim aqui dar uma palavrinha pra ver se consigo dormir. Geralmente funciona. Escrevo, desligo, vou pra cama, durmo.
Subi as 23 horas, pensando em ver "A fazenda", depois colocar pra gravar parte de "Engraçadinha" e "Vale Tudo". Antes de acabar A fazenda, já tinha tomado meu tetê, mas que dormir, que nada. Vi Fazenda, vi Engraçadinha, vi Vale Tudo, vi Inácio de Loyola no Jô, vi um comediante deficiente, o programa terminou e nada.
Meus pensamentos? Os mais variados possíveis. Dor nos braços. Insônia faz doer os braços. Olhos pesados, penso na minha mãe. Coloco-me no lugar dela e penso como ela se sente. Desisto. Já tenho o meu "sentir", como vou sentir o "sentir" dela? Penso no meu irmão, e principalmente penso no meu pai querido. Penso nos meus amigos que me dão a mão, penso nos meus filhos que não gostam de falar no assunto, por medo do sofrimento mesmo, sei como é, já tive a idade deles, já perdi avós. Penso no quanto seria bom se eles falassem, se eles se permitissem sofrer. Não sei se estou certa. Não sei. Sei que hoje é uma daquelas noites insones. Sei que muita gente me entende, sei que outros não. Penso no susto que levei essa semana por conta de alguns exames, mas que Graças a Deus, eram falsos, penso que sou feliz, privilegiada, penso que minha vida é besta, depois penso que minha vida é maravilhosa, e sigo pensando, tentando atrair o sono, mas o sono não vem. Mas há de vir. Rezo não sei quantas ave marias, penso besteira no meio, recomeço.
Outubro, mês de muitos aniversários. Ainda não acabou, faltam 3 dias, e ainda tem 4 ou 5 aniversários pra comemorar. E a vida segue. Em ritmo normal no corpo, acelerado na mente. Amanhã é outro dia.
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