Segundona

Hoje, em plena segunda-feira, um calorão de matar, eu fui encontrar adivinhem com quem. Fomos numa padoca no bairro dela em São Bernardo (a do Alemão) e comemos uma bela salada, sob o olhar de um simpático senhor. Juro, ele me olhou. Fazia tanto tempo que isso não acontecia. Bom, quer dizer... acho que ele me olhou. Às vezes parecia que ele estava olhando pra Corderosa, mas ela tava de costas... então acho que era pra mim mesmo. Nos divertimos com o fato. Sabecomé... a gente perde o costume, né?Conversamos, parlamos, conchetamos, tchatcharamos e zarpamos rumo à São Caetano do Sul, na casa dos meus pais (hoje foi dia de ABC).
Nossa, como eles ficaram contentes. Não pudemos ficar muito tempo, afinal somos duas senhoras ocupadérrimas e tínhamos outras coisas pra fazer. E em São Paulo, meu bem, o tempo voa, tudo é demorado, nada se faz em menos de duas horas. Então, contabiliza-se assim: almoçar com a Corde: 2 horas. Ir até São Caetano visitar os pais: mais duas horas. Voltar, blá blá blá, acabou o dia.
Meu pai já estava mostrando seus escritos pra Rosana, e se tivéssemos ficado mais meia horinha, certamente ele mostraria o seu diário, contaria pra ela há quantos anos ele escreve um diário, mostraria a pilha de agendas que tem muito bem guardadas, se gabaria de "não ter segredos". Se tivéssemos ficado mais uma horinha, ele certamente pegaria o violão, tocaria e cantaria pra nós, e minha mãe muito provavelmente daria pra minha amiga um pote de temperos. Todo mundo sai de lá com um pote de temperos. Coisas de dona Linda.
Tomamos lanche (de que adiantou, meu Deus, comer a saladinha?) e falamos muito. Meus pais adoraram a visita. Mais tarde ao telefone a mãe me diz: "ela é vistosa, bonitona, nova" Baita elogio, heim, Zã?

Mais tarde ainda, dona Linda me diz:
-Vocês sabem agradar os velhos. Já vi que ela é como você. Se dá bem com velhos.
O que se faz com uma senhorinha assim? Enche de beijos?