Dona Vidoca
Quando voltamos da cachoeira, aí, sim, fomos aproveitar a praia. Comemos peixe, tomamos caipirinha de maracujá e de abacaxi. Fiquei trilili. Voltei fazendo uma enorme bagunça no jipe. Troquei letras, troquei nomes, peguei na aranha, pedi pra parar, gritei, dei muita risada, me diverti. Cheguei até a sugerir para o "jipeiro" que fosse por aqui ou por ali.
Insisti em chamar de Alexandre um nativo que voltou de carona no jipe, cujo nome era Fernando. Chamei de Alexandre, Roberto, e tal. E depois da quinta ou sexta vez que falei o nome errado, ele respondeu:
-Fala, dona Vidoca.
Risada geral. Fiquei meio sem graça, mas dei muita risada também. Vidoca era a avó dele, que também trocava os nomes.
Rá! E assim voltamos ao escurecer, a trilha escura e úmida e algo maior a nos guiar, guiar nosso cansaço e nossa alegria.
O nome do nosso guia era Nerival, mas ele queria ser chamado apenas de Neri (Ne de Nelson, Ri de Ricardo e Val de Valdemar, sei lá. Mas na subida da montanha eu não me lembrava e gritávamos:
-Reni! Renil! Rivotril!
fala de mim, mas é que é muito engraçada!
Ai, mamãe... que dor nos braços de segurar os ferros do jipe nas curvas que pareciam que iam nos mandar precipício abaixo.
Ai, mamãe, quanta picada de borrachudo. Repelente? Adianta muito pouco. Eles picam sem dó.
1 Comments:
Voces duas formam uma dupla magnifica, vou convida-las para meu resort na praia.
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