13 julho 2006

Desabafo

Pobre da minha cidade, pobre do povo trabalhador.
Aonde vamos parar? Não quero e nem vou fazer aqui discurso político, mas é uma situação revoltante, para dizer o mínimo.
Eu tinha meu dia totalmente programado.
Podem parecer coisas pequenas, mas são as "minhas" coisas. E tive que desmarcar, deixar de fazer.
Não se deve apavorar a população, a vida continua, a cidade tem que andar pra frente, viver seu dia a dia, independente de qualquer coisa e blá blá blá.
Concordo. A cidade, o estado, o mundo, a vida, não podem parar. Mas e o medo? E os riscos, quem assume?
E quando se chega ao ponto de suspender o rodízio de veículos, por falta de ônibus é porque a coisa está feia. Muito feia.
Então, eu que sou uma pequena parcela privilegiada da população, posso deixar minhas coisas para outro dia. E quem não pode? E os doentes? E os hospitais?
E os outros que de uma forma ou de outra chegaram ao seu destino, ao seu trabalho? Como voltarão?
Não vou falar aqui de filhos meus, de marido que foi cedinho para o aeroporto e sabe-se lá a que horas voltarão para casa. Mas vou falar da população massacrada e sofrida, que pelo descas, sofrem.
Até quando? Quando isso vai se resolver? Ou ficaremos nas mãos de bandidos para sempre?

4 Comments:

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