Eu não nasci de óculos - parte III
Domingo, O. saiu pela manhã e quando voltou me contou que ia dirigindo e viu uma placa enorme que dizia: DISBRASA. Aproveitou e colocou os óculos e a placa sumiu, virou um borrão. Depois viu um homem de roupa vermelha do outro lado da rua. "Vestiu" os óculos e viu um borrão vermelho.
"Eu não enxergo com esses óculos! Ponto final! Chega! Não vou mais tentar me acostumar e pronto. Fim de papo. Não vou reclamar com o médico, nem com a ótica. Não uso e pronto. Não tenho mais saco"
Posso imaginar a frustração dele, claro. Mas pedi ainda um pouco mais de paciência.
Uma hora eu disse a ele:
-Sabe como estou me sentindo? Como aquela pessoa que indica pro cunhado um especialista em alguma coisa e o cunhado detesta e fica o resto da vida reclamando. Caramba, que coisa mais chata.
Imagine um cunhado chato reclamando de uma indicação sua por anos a fio... chega a ser engraçado, né?
1 Comments:
Leve correndo os óculos pro médico e se estiver certo, o problema é dele, quem diz a lente que está boa é o paciente, o médico só mostra as letrinhas e tudo mais.
Mas ainda acho que tem alguma coisa errada. Ah tem. E ele tem razão de ficar puto, mas com as pessoas certas.
Postar um comentário
<< Home