29 dezembro 2012

Comentário que virou post

 Mariazinha, o bom de Adão e Eva terem comido do fruto da árvore do bem e do mal é que nós, os filhos de Deus, conseguimos compreender que eventos ruins acontecem, porém os eventos bons são mais constantes ao longo da caminhada.
Beto Muniz (meu grande amigo)

K

Quem é você que me diz sábias palavras?

Eu sei que pra tudo tem um jeito. Eu sei que tudo acontece quando tem que acontecer. Eu sei que a vida é bela e que a gente precisa aproveitá-la ao máximo. Eu sei que nossos filhos não são nossos, são filhos do mundo. Eu sei que temos que olhar pra trás pra ver que existem pessoas com problemas piores que os nossos. Mas eu sei também que posso olhar pra frente e saber que poderia ser muito melhor. Eu sei que problema de fato é a fome no mundo, é a miséria, é a falta de compaixão, é a descrença, é o descaso, é a diferença de classes. Eu sei de tudo isso. Mesmo assim, há dias que não dá pra pensar só assim, há dias em que a gente necessita olhar pra dentro da gente mesmo e sentir, se deixar sofrer por um momento. Não é bom, mas é assim que é.
Eu sei também o significado da palavra "aceitação", mas sei que há dias em que não dá pra aceitar certas coisas. Até dá, mas dói e lá no fundo, a gente não aceita de verdade.
Sei... sei que hoje estou assim.


28 dezembro 2012

Um dia após o Natal

Quarta-feira  tive uma experiência horrível.

Meu irmão sofreu um pequeno acidente doméstico e estava sangrando muito (tendência de quem toma anticoagulante). Quem toma essa droga, tem que correr em caso de sangramento.
Ele me ligou as 21 horas e eu fui pra lá. 

No caminho, parei num farol, na faixa da esquerda. Um carro na faixa do meio e outro na faixa direita.
Como mágica, aparece na frente do meu carro, apontando uma arma pra mim, um bandido. Aos gritos. Não, não sei o que ele gritava. Só sei que a arma me pareceu gigante e brilhava.

Em questão de segundos, ou décimos de segundos, não sei... ele estava do lado da minha porta, tentando abrir e apontando a arma pra mim.

Não sei o que me deu. Numa situação dessas, eu teria (acho) descido do carro e ele que fizesse o que quisesse. Mas não foi o que fiz. Talvez por estar indo acudir meu irmão, a marcha estava engatada, pisei firme no acelerador e fui embora.

Saí com tudo e esperei o tiro. Não houve tiro. Meu Deus, que susto. Demorei pra me dar conta do que tinha acontecido. Quando cheguei na avenida Goiás (o bandido me pegou na Almirante  Delamare) fui obrigada a parar no primeiro farol, lugar movimentado... e os dois carros que estavam do meu lado na hora do "assalto", pararam e vieram falar comigo, se eu estava bem, e aquelas coisas que a gente fala por solidariedade.

Percebi então, que dos três carros que estavam parados naquele farol, na hora do bandido, só eu estava sozinha e era mulher. Os outros dois tinha mais gente e em ambos eram homens na direção.
Taí. Não dá pra sair de casa de noite sozinha MESMO.

Imagine o medo que senti ao voltar pra casa depois do meu irmão estar bem?
Meu Deus... Minha Nossa Senhora...

Meu Simples Natal.

Foi simples, pouca gente.
Bruno e Lilian em NY, Felipe e Pammela em Olimpia, Caio e Gabriela em São José dos Campos.
A noite foi tranquila. 
No dia seguinte todos, menos o Bru e a Liriri, vieram pro almoço.
Tivemos um natal super tranquilo e alegre, graças a Deus.
Abaixo fotinhas dos que gostam de fotinhas, hehehe. Quem não quis aparecer na fita, ops... na foto, não apareceu e pronto. (O.e F.)




Minhas lindezas, Caio e Gabi
 Caio, Gabi e a mama aqui

Pamm, Gabi e eu. Meu Deus, como sou baixinha!


27 dezembro 2012

Estive com minha mãe na tarde da véspera de natal. Fomos ao cemitério. (já falei aqui que não gosto de ir, que acho que nosso ente querido não está lá, mas respeito a vontade dela e não gosto que ela vá sozinha). Rezamos e choramos juntas. Na volta pra casa dela, conversamos muito e eu só acabei de ter a certeza do que eu já sabia: minha mãe é um mulherão. Forte, corajosa, decidida. Ela sabe (coisa que eu não aprendi ainda) a enfrentar a vida, a conviver com os problemas e a tirar lição de tudo. 
Escrevi tudo isso só pra dizer o quanto admiro minha mãe. Fico brava com ela às vezes, nos desentendemos, eu a acho teimosa e ela me acha teimosa. Mas ela é meu exemplo de vida. 
Mãe, eu te amo. Obrigada por estar comigo.

03 dezembro 2012

3 meses depois...

Hoje à tarde fui à missa. No meio da celebração um homem (parecia bêbado) entra na igreja falando alto, algumas coisas que eu não entendia.
À medida que ele foi se aproximando, algumas pessoas olhavam apavoradas, outras continuavam contritas e as beatas (aquelas que ficam lá na frente fazendo as leituras, os cânticos, etc...) olhavam feio pra ele e ameaçavam colocá-lo pra fora da igreja.
O padre, maravilhoso, manteve a calma e continuou serenamente a celebração e eu o vi fazendo sinal pras beatas pra deixarem, que ficassem quietas em relação ao mendigo bêbado (???).
O mendigo subiu no altar, ficou cara a cara com o padre e disse: "seu padre, benze meu braço que tá machucado". E o padre serenamente benzeu com tanta delicadeza, amor e segurança, que o mendigo agradeceu, se calou e saiu da igreja.
Fiquei muito contente com a reação do padre. Nem tudo está perdido nesse mundo, e afinal de contas, estávamos na casa de Deus, onde todos são benvindos.

(assim falou Marietustra)