31 maio 2005

Franqueza

"La franchise ne consiste pas en dire tous ce qu' on pense, mais en penser tous ce qu'on dis."

"A franqueza não consiste em dizer o que se pensa, mas em pensar tudo o que se diz
"

E eu digo... quem é que pensa? Quem é que é franco de verdade?
(filosofiazinha barata essa minha, heim?)

Insônia

Meu corpo está cansado.
Mas minha mente está acesa.
Como será amanhã?
O futuro, a Deus pertence.



Te voglio tanto bene...

Dimmi
che l'amore tuo non muore
È come il sole d'oro
Non muore mai più
Dimmi che non mi sa inganare
Il sogno mio d'amore
Per sempre sei tu
Cara ti voglio tanto bene
Non ho nessuno al mondo
Più cara di te
T'amo sei tu il mio grande amore
La vita del mio cuore
Sei solo tu

Parlato:

Una stella brilla in mezzo al cielo
La stella mia sei tu
Sul mio camino tu m'accompagni
E segui sempre il mio destino

Cara ti voglio tanto bene
Non ho nessuno al mondo Più cara di te
T'amo sei tu il mio grande amore
La vita del mio cuore Sei solo tu

Nervos de Aço

Há pessoas de nervos de aço
Sem sangue nas veias e sem coração
Mas não sei se passando o que eu passo
Talvez não lhes venha qualquer reação

Eu não sei se o que trago no peito
É ciúme, despeito, amizade ou horror
(...)
Lupicínio Rodrigues

eu vi!

eu vi, eu vi
eu vi, e ninguém me contou.
a velha atrás da moita
fazendo, fazendo,
fazendo TRICÔ

30 maio 2005

Verbenas

28 maio 2005

As três formas de fazer sexo dentro de casa:

1) Na casa inteira -
Típico dos recém-casados,
fazem sexo na cozinha, no banheiro, na sala, no quarto etc...

2) No quarto -
Típico dos casais que já estão juntos há algum tempo,
fazem sexo apenas no quarto.

3) No corredor -
Típico dos casais que já estão juntos há muito tempo, eles se encontram no corredor e um diz para o outro:
"vá se foder!"



Meu amigão

Um gato sempre me alegra.
Ainda mais se for o MEU gato.
Leopoldo, meu companheirinho de todas as horas.
Está aqui agora, sobre o CPU.
Me olhando.

Lula Moura

PRANTO PACÍFICO
Lula Moura
No meio de tanto,
sei lá o quanto,
me vejo num canto,
só com meu pranto.
Aqui, bem quietinho,
mirando num ponto,
só vejo um deserto,
nem tanto pacífico,
de certo ponto...
Pronto!...
Alma de artista,
com fim escapista,
Sem rastro, nem pista...
Seguindo, chorando e rodopiando,
Não pára o pião.
Não pára nem pisca.
E, na contramão da Avenida Paulista,
o bandolim do Oswaldo, na mente.
Não, o artista não mente...
Só finge que sonha,
pressente...
E no coração indecente,
sorri, felizmente.
Socorro!
O delírio dizia:
Meus Mestres, meus Anjos!...
Ave Maria!... Zinha, ainda é dia.
Amiga, vem cá, larga a Prata,
sai do sal, sai da pia.
É dia de riso, e de simpatia...
Vamos pular,
pode dar linha.
Pó de Dalvinha...
Que não é do mal, não definha,
pois é de outro pó, sem igual.
Talco natural... De arroz,
que disfarça o rosto,
no antes, durante e depois.
Palco sem igual, dois-e-dois...
E, antes do pedido, um suspiro...
Ah! Eu quero, quero tanto,
sair desse pranto,
do jeito que estou...
Descabelado, zonzo,
e despalavrado.
Como?...
Então, eu fico...
Aqui sentado, e repito:
Pedindo que a vida me aceite,
e me convide a viver... No grito!...
Que a letra não está perdida!
Só está escondida,
atrás da ferida,
que já cicatriza,
indolor, inda bem...
Ainda bem,
que cheguei nesse ponto,
de paz... de encontro,
audaz.
Ponto pacífico demais...
De todas as partes, lá atrás,
eu posso dizer: - Nada mais.
O bem me quer...
O mal me quer...
E aí continuo,
marcando o ponto.
Medito num canto,
num canto de paz,
que nunca desiste:
sonho contumaz...
Droga! De novo...
Estou vendo o confronto...
E maldito ponto,
que de pacífico,
somente o oceano,
profundo de dor e lamento.
Que ponto confuso e sereno...
Mas a esperança insiste,
Pois entre tantas e tantos,
entre contas e contos,
ainda tenho o encanto,
dessa e daquela.
E tenho panos pra me cobrir...
E, neste mister mistério,
retiro meus panos,
meto-me num banho,
pra a alma lavando, sentir.
E fico por aqui, sério.
Sem planos, sem ponto,
nem tanto, nem tonto.
Nem tento...
Um Pranto Pacífico.
Eu sei, sou feliz...
Sou feliz...


Lula Moura escreve nos anjos de prata, é meu querido amigo
e afilhado, tem um coração de ouro e esse é apenas um dos escritos dele.
Quem quiser mais, vá em:
www.anjosdeprata.com.br
e procure por Lula Moura.
vocês vão amar. Mais que amar, vão sentir

Sexta-feira, 27

Fui ao Teatro do Sesc Vila Mariana.
Uma peça "A maldição do Vale Negro"
Texto de Caio Fernando Abreu e Luiz Arthur Nunes
Atores:
Camila Pitanga, Marcos Breda,
Mario Borges, Stela Freitas, Milhem Cortáz,
Leonardo Netto, Carolina Virguez.

Uma delícia de peça.
Mas quem me surpreendeu mesmo, foi Marcos Breda,
interpretando a Governanta Agatha.
O cara é demais, interpretando personagem
feminino, fazendo caras e bocas.
Uma beleza.

Feriadão

Quinta, depois de almoçar na cantina do Piero com uma amiga, voltei pra casa e reassisti
"Entre quatro paredes"
Mania essa que eu tenho de rever filmes, e a maioria eu não me lembro de quase nada,
só de algumas cenas. Quase nunca sei o final.



Na sexta fiquei em casa o dia todo, e à tardinha revi
"A última ceia"
Desse, então, eu só me lembrei de uma cena.
Acho até que nem vi o filme. hehehe.

27 maio 2005

Tinha razão o Caetano!

De perto ninguém é normal.
Mas não é mesmo!
Como Caetano tem razão.
Estou injuriada.
Não com a anormalidade das coisas, ou das pessoas.
Mas com o comportamento de alguns seres humanos.
Eu, que não sou santa, tampouco normal, (graças a Deus)
por mais que me esforce e tente me colocar no lugar de certos indivíduos,
jamais entenderei.
Tem coisas que são absolutamente incompreensíveis.
Comportamentos surreais.
Desculpem Ângela, Luiz Fernando e Luan.
Vocês foram e sempre serão bem-vindos aqui em casa.
E reforçando: De perto, ninguém é normal.
(mas alguns são menos normais que outros)

Lerê Lerê

Você aí, que resolveu ir trabalhar hoje
por vontade própria.
Leia meus emails, vai?
Você que por livre e espontânea vontade,
resolveu que preferiria ir trabalhar...
então tá.
Tá perdendo esse dia de sol.

Antes que reclamem, eu digo: eu sei, eu sei..
o país precisa caminhar. O trabalho é necessário.
Admito que esses feriados prolongados são um absurdo
para o andamento do país...
mas...
pô, já que não precisava, por que foi?
Depois não venha reclamar.

Ballerina

Bailarina do vento
Harpa eólica
dançarino do vento
catavento?

26 maio 2005

La forza della vita

Trechos que gosto muito...

Di questo mondo pazzo e inutile
È più forte di una morte incomprensibile
E di questa nostalgia che non ci lascia Mai.
Quando toccherai il fondo con le dita
A um tratto sentirai la forza della vita

(.....)

Cè una volontà che questa morte sfida
È la nostra dignità la forza della vita

Um cara pra lá de especial.



que sempre tem per me, belle parole.
Sei tu, Lula, Calamare, amico mio.
Io te voglio molto bene
Io sono la tua Dinda
qui parla il macarronês.

25 maio 2005

Chuva, chuva, chuva.



Fui buscar meu filho mais velho no metrô.
Quanta água, meu Deus.
O mais novo, ficou ilhado, vai dormir na casa da namorada.
Volta para casa as 4:30 da manhã, para vestir-se para o trabalho.
Que Santa Bárbara faça a chuva aplacar.
Que o Anjo da guarda o guarde.
Amém.


(gato olhando a chuva)

24 maio 2005

Sol e Lua

Estamos quase sempre juntos, mas nunca nos encontramos.
Seus programas de TV diferem dos meus.
Suas músicas não são as minhas.
Você dorme cedo, eu deito tarde, quase nem durmo.
Você é caseiro, eu gosto de rua, de gente.
Amo teatro e cinema, você detesta.
Gosto do inverno, você do verão.
Quero a casa cheia, você gosta da solidão.
Eu quero conversar, você não acredita em diálogos.
Quero que você me queira e que me deseje.
Você me quer e me deseja, às vezes.
Ora tem orgulho de mim, ora apenas me suporta.
Também, é querer demais.
Que você suporte o que nem eu consigo suportar: a mim mesma.
Quero amar e me sentir amada.
Você acha desnecessário falar, desnecessário mostrar.
Às vezes, por conta disso, perco a identidade.
Nem sei quem sou, se sou mesmo mulher, daquelas com M maiúsculo.
Será que estou pedindo muito?
É meu jeito. Quero sempre mais.
Tento desafiar a vida, o destino.
Mas sou covarde.
Preciso confirmar em mim essa mulher.
Na silenciosa presença, na desencontrada união.
Mas não sou capaz, não serei nunca.
Prestes a explodir, será que eu tentaria?
Vou me desafiar... já tive a oportunidade e neguei.
Não, não, não.
Mil vezes não.
Neguei a mim mesma.
Neguei-me.
Sei tão pouco de você.
Quando te olho, imagino o que está pensando.
Por outro lado, sei tudo.
Sei, a cada momento, a cada respiração, que tipo de palavra sairá da sua boca.
Faço-me em mil pequenas mulheres na tentativa de encontrar e entender você.
E você?
Olha pra mim assim, com olhar desconfiado, também imaginando o que eu estou pensando? Provavelmente não.
Está preocupado com outras coisas.
Com sua ascensão, com a TV, com o jornal.
Eu é que fico aqui carente das migalhas que não virão.
Esperando as horas passarem, o dia clarear, ou o sol escurecer.
Nesta busca frenética por companhia, amigos, cinemas, cafés, telefone, internet.
Talvez para calar.
A fragilidade, a insegurança, o medo de buscar o amor.
Talvez para calar a dor, e encontrar novas maneiras de amar.
Mariazinha Cremasco

Gritos Urbanos

Deixa eu ouvir lá!
Deixa eu ouvir lá!
Deixa eu ouvir lá!

Pelamordedio!

Me para de brontolar, santa!

A bota

Sempre qüelo, quarantoto!



O mesmo "deredungue" de sempre.
Ufa!

Pra turma do Petit Comitê:

"Pé de galinha não mata pinto"



acorda!
ô!
essa é mais uma da minha avó.

Arrelia

A única pessoa que ouvi usar o termo "arrelia" era minha avó paterna,
Dona Marietina.
Ela dizia:
-Vamos parar com essa arrelia.
Ou então:
-Vocês vivem de arrelia.
E hoje será o sepultamento do Palhaço Arrelia.
Palhaço de minha infância, e da infância de muita gente,

visto que ele se vai aos 99 anos.
Meu pai um dia levou a mim e a meu irmão, no cirquinho da Record, para vê-lo.
Vá em paz, Waldemar Seyssel.

É de cravo, é de rosa,

é de manjericão.

Meu manjericão roxo.
Não é lindo?

Diários de Motocicleta

Hoje assisti de novo
Tão lindo...
Mas não consigo deixar de pensar no que Marina disse quando foi na estréia do filme:
"Tem um final salgadeano"
E não é que ela está certa?

23 maio 2005

Depois da tempestade

Vem a tormenta,
o desânimo,
o vazio,
as lembranças,
a desesperança,
a certeza de que tudo é ilusório,
de que as pessoas não mudam.
A certeza de que nada prova nada,
de que nem adianta tentar argumentar.
Fracasso.

21 maio 2005

Meu olhar

Me disseram porém
Que eu vivesse aqui
Pra pedir em
Romaria e prece
Paz nos desaventos
Como eu não sei rezar
Só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar, meu olhar

Renato Teixeira

Eu sei, que o coração perdoa
mas não esquece à toa
e eu não esqueci

Para Felipe

"Que a benção da luz seja contigo
- a luz exterior e a luz interior.

Que a santa luz do sol brilhe sobre ti
e aqueça teu coração
até que ele resplandeça como um grande fogo de turfa
e assim o forasteiro possa vir e nele se aquecer,
como também o amigo.

Que a luz brilhe de dentro de teus olhos,
como candeia colocada na janela de uma casa,
oferecendo ao peregrino um refugio na tormenta.

E que a benção da chuva,
da chuva suave e boa,
seja contigo.

Que ela tombe sobre tua alma
para que as pequenas flores
todas possam surgir
e derramar suavidade na brisa.

Que a benção das grandes chuvas seja contigo,
caindo em tua alma para lavá-la bem lavada,
nela deixando muitas poças reluzentes
onde o azul do céu possa brilhar
e, às vezes, uma estrela.

E que a benção da terra,
da grande terra redonda,
seja contigo."

( trecho de antiga benção irlandesa, que Felipe e eu ganhamos da nossa amiga Maria Helena Bandeira)

Meu Felipe

Gatos de quatro patas



para o meu gato de duas patas



Feliz Aniversário, Fê!

Você é um garoto especial, que além de outras qualidades, ama os bichos.

Eu poderia falar muito de você, eu poderia colocar uma foto mais legal, mas sabe como é... não consigo, hehehe.


Muitos beijos, presentes e brigadeiros para você, meu filhote.

20 maio 2005

Nada prova nada

NADA PROVA NADA

frase da peça "Um Circo de rins e fígados"
de Gerald Thomas, estrelada magnificamente
por Marco Nanini

Brigadeiro, hum...

Do Mar, mensagem do dia.

SUMIÇO

Betty Vidigal

Vou desaparecer da tua vida,
e ela vai ficar tão aborrecida!

Vou deixar a tua vida lisa e plana,
sem graça como um início de semana,
uma semana dessas bem compridas,
sem expectativa de alegrias.
Uma sucessão de dias desbotados,
tardes frias,
noites descoloridas,
madrugadas pálidas e mal dormidas.

Vou sumir até mesmo dos teus sonhos,
não vou aparecer nem em delírios;
tenho planos detalhados e perfeitos
e quando os descobrires
será tarde demais,
não vai ter jeito:
tudo vai parecer tão desenxabido,
tão tristonho,
tão desprovido de finalidade...

E quando não houver nada que te agrade,
te interesse,
todos dirão que é depressão, estresse,
mas nós dois saberemos que é saudade.

19 maio 2005

Há de surgir uma estrela no céu cada vez que ocê sorrir.

Há de apagar, uma estrela no céu cada vez que ocê chorar
.

Gilberto Gil

Leminsk Outra vez

- que tudo se foda,

disse ela,

e se fodeu toda



de branco, preto e vermelho

18 maio 2005

Cor-de-Rosa

Isso é pra você, minha amiga.
Você vai saber e entender.
:o))






Morreu joão PARADEIRO

Morreu joão PARADEIRO

UNS DIZEM QUE NÃO SABEM O QUE FAZEM.
OUTROS DIZEM QUE NÃO SABEM ONDE ESTÃO.
ALGUNS DISSERAM: "SAIO DA VIDA
PARA ENTRAR NA HISTÓRIA".
MAS EU FICO AQUI
SEM SABER QUE HISTÓRIA FAÇO,
SEM CONHECER A SAÍDA,
SENTINDO O VAZIO DA INTRIGA
E UM PESO MORTO NOS BRAÇOS.

VIDA DENTRO DA VIDA, TÃO LÓGICA
COMO A PEÇA DENTRO DA PEÇA,
UMA ENGRENAGEM INFERNAL.
QUE MÓI, QUE REDUZ, QUE INCORPORA, QUE AUMENTA!

NÓS SOMOS ASSIM MESMO - MORRENDO DE MEDO.

NÓS ENCENAMOS QUE SABEMOS QUE FINGIMOS,
SEM RUMO, SEM PESADELO, ENQUANTO SE APROXIMA
O MURO

NÓS SOMOS ASSIM MESMO. ASSIM, A ESMO.

O SOL QUE SOBE AGORA É DE MENTIRA?
O SANGUE QUE ME MANCHA É DE VERDADE?
NASCE UM SOL À MINHA FRENTE, E ME OFUSCA
A SUA NATUREZA SUICIDA, ALGO QUE VIVE
E MORRE DEPOIS, E NÓS FICAMOS
EM DUVIDOSA CONTEMPLAÇÃO.
ONDE ESTÁ TUDO ISSO? ONDE ESTÁ A IDÉIA
QUE ME QUEIMOU TODA A VIDA?

NÓS SOMOS ASSIM MESMO, VIVEMOS DE ARREMEDO.

felipe FORTUNA
londres, abril de 2005.

17 maio 2005

Pé de vento
Pé de valsa
Pé de chinelo
Pé de moleque
Pé de coelho
Pé de cabra
Pé de pato
Pé de chumbo
Pé de atleta

meu pé

Trecho da peça

"Um circo de rins e fígados"

Você justifica sua vida através de frases escritas por outras pessoas!
Tua existência inteira é validada, ou não, através do aplauso ou do amor de uma platéia, ou de um ibope!!
Como você é barato!
Você acha que eu não estava ouvindo quando você dizia que como ator você se dedicava "às grandes causas?"
Que piada!
Quais grandes causas?
O espelho?
Você tem realmente noção do que acontece no mundo?
Você se importa?
Alguém aqui se importa?
Ou só vieram rir um pouquinho?
Ou muito?
É só abrir os jornais...


(tirei do programa da peça)

Rotina

Lá vou eu fazer meus exames de rotina.
Coisa chata, sabe?
Mas tudo bem. Estamos aí.
Até!

Parem de falar mal da rotina
parem com essa sina anunciada
de que tudo vai mal porque se repete
Parece, mas não repete
não pode repetir
É impossível!
O ser é outro
o dia é outro
a hora é outra
e ninguém é tão exato...

(Elisa Lucinda)

Adeusinho

Lavei todas as suas camisas, esfregando pacientemente os colarinhos encardidos. As calças, passadas com vinco, estão no lugar de sempre.
Congelei canja e lasanha.
Leite em caixa não há de faltar tão cedo.
Temos direito a um refrigerante de dois litros na pizzaria, não se esqueça disso.
Não se esqueça de mim.
Um envelope de contas dorme na máquina de costura, espetado de agulhas feito vodu.
Aliás, há muito para vencer nos próximos dias.
Cuidado.
Agora que eu tomei os remédios, qualquer coisa pode me derrubar.
Vou deitar para sempre.
Deixo-me trocada para tudo que for necessário.
Sempre gostei desse vestido.
Já era mesmo hora de usar.
Não sei se tenho de pedir desculpas.
O último a sair que deixe a luz acesa.
A gente nunca sabe.

(Fernando Bonassi)

Tu vens, tu vens...

Eu já escuto teus sinais...

Alceu Valença está cantando nesse exato momento, no Programa do JÔ.

Sono stanca.

Tive um dia muito agradável. Uma segunda-feira cheia.
Mas estou stanca, veramente cansada.
Vou nanar mais cedo, e amanhã conto as novidades.

15 maio 2005

Mau Humor e Bom Humor

Bom humor é a qualidade de um indivíduo bem humorado.

Mau humor é a qualidade (ou não) de um indivíduo mal humorado.

Acho que o mau humor é verde.

Um circo de rins e fígados

Eu fui. Eu gostei.
É muito doido.
É divertido, e ao mesmo tempo...
Nanini é muito bom.
Eu amo Nanini. Fui ver O mistério de Irma Vap, Quem tem medo de Virgínia Wolf, e agora, Um circo de rins e fígados.
Fui, achando que seria uma roubada. Gerald Thomas, o "gênio", não me agrada.
E adorei.



Um Circo de Rins e Fígados
Nessa inesperada montagem de Gerald Thomas, Marco Nanini da vida real interpreta o ator Marco Nanini da ficção. A trama gira em torno do comportamento do ator, depois que ele recebe várias caixas enviadas por uma pessoa desconhecida. Gerald Thomas garante que, ao contrário de suas outras peças, essa terá começo, meio e fim. Outros seis personagens inusitados dividem o palco com Marco Nanini.

14 maio 2005

Vermelho, para encerrar.



Peguei no fotolog da Lenir


O dia da criação (trecho)

(Vinícius, claro)

Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas como o mar
Em bondes andam em cima dos trilhos
E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por vias das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo o mal.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguem bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.
Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.

Sábado de sol

Mas que lindo dia de sol.
Dá uma vontade louca de viver.
Bom dia!



Há um renovar-se de esperanças
Porque hoje é sábado
Há uma profunda discordância
Porque hoje é sábado
(Vinicius de Moraes)

O espinho da rosa feriu Zé

E o sorvete gelou seu coração...

O sorvete é morango (é vermelho)
Oi girando e a rosa (é vermelha)
Oi, girando, girando (é vermelha)

Vermelho

Meu coração é vermelho, hei, hei, hei
De vermelho vive o coração, ê, ô, ê, ô
Tudo é garantido após a rosa vermelhar
Tudo é garantido após o sol vermelhecer
Vermelhou no curral a ideologia do folclore avermelhou

Vermelhou a paixão, o fogo de artifício da vitória vermelhou

Hoje eu quero tudo vermelho



esta vida é uma viagem
pena eu estar
só de passagem

(Paulo Leminski)

13 maio 2005

Os amantes


(Affonso Romano de Sant'Anna)

Os amantes, em geral,
passam noites inteiras
inquietos e ansiosos
- também eu.

Os amantes, em geral,
choram sobre as cartas,
dão telefonemas aflitos
- como eu.

Os amantes, em geral,
passam horas figurando
o corpo amado,
curvas, gestos, preferências
- como eu

Os amantes em geral,

São patetas, maus estetas,
fazem versos ruins
e se chamam poetas
- como eu.

Ganhei da Merrel

Pena que aqui não posso colocar a musiquinha, que é linda.
Valeu, Mhel!

La Brujita Tapita.
La Brujita Tapita vivía en un tapón
que no tenía puertas ni ventanas ni balcón.
La Brujita Tapita vivía en un tapóncon
una gran escoba y un hermoso escobillón.
La Brujita hacía brujerías...
abracadabra patas de cabra,
punch,pupunch, pupuch pupunch pupunch.
Un día la Brujita quiso desaparecer,
mirándose al espejo dijo 1, 2 y 3
y cuando abrió los ojos ella no se pudo ver
porque la distraída se miraba en la pared.
La Brujitas hacía brujerías...
abracadabra patas de cabra, punch
pupunch, pupunch pupunch pupunch.


Falando em gatos...

Eu detesto sair na rua em que moro.
Sempre tem uma vizinha purgante, que faz alguma alusão, ou alguma reclamaçãozinha.
O engraçado é que elas usam termos delicados, fraternais.
Tem um gato que aparece por aqui, e que a gente alimenta. Mas ele não é nosso. Nós o chamamos de Nariz Preto. (temos várias fotos dele)
Hoje a minha vizinha da direita, quando eu ia guardar o carro, me abordou:
-Oi, Mariazinha, tudo bem?
-Tudo, dona Vilma. E a senhora?
E ela foi logo dizendo, com cara de santa:

-Você viu que os passarinhos vêm comer a comida que você põe pro gato, em cima do muro?
-Passarinho? É?
(como ela gosta de passarinhos, ainda arrisquei:)
-Que gracinha, não?
-Gracinha? E a sujeira? Eles fazem cocô e cai tudo no meu quintal.
(imaginem, cocô de passarinho!)
-Ah...
-E o pior são os pombos. Eles são atraídos pela comida que você coloca no muro.
-Ah...
-E a toxoplasmose? O perigo da toxoplasmose? Os pombos são transmissores. Um perigo.
-Ah... tá bom, dona Vilma. Vou parar de colocar comida pro gato sobre o "nosso" muro.
-Faça isso, Mariazinha. Faça isso. É um perigo.
Como se eu não soubesse que ela ODEIA gatos.
Cada um escolhe o que gosta e o que não gosta. Cada um sabe de si.
Mas pelo fato de eu ter gatos e de tratar de um gato de rua, ela acha (pra ser sincera, TODOS os vizinhos acham) que somos donos de TODOS os gatos da rua, do bairro, da cidade, do país.
E que todos os cocôs são dos MEUS gatos, que são castrados e têm suas caixinhas de areia.
Caramba.
E o Felipe vem e diz:
-Mãe, você ouviu isso? Por que não mandou ela tomar no rabo logo de cara? Por que não disse pra ela: O que eu tenho a ver com a merda do passarinho?
Se cada um cuidasse da sua vida...

Sexta-feira 13, Gatos Pretos.

É hoje que não deixo minha gata sair de casa MESMO.
Sexta-feira 13, Isabel é toda preta, imaginem os supersticiosos.
Nem pensar.
Essa coisinha linda vai ficar aqui comigo, o tempo todo.



Como é que alguém pode não amar um bichinho assim?
Como é que alguém pode maltratar qualquer bicho?
Isabel, Isabel... você é uma gata preta. Vai passar o dia todo dentro de casa.
Nem o seu solzinho sobre a garagem, vai tomar.
Não quero que alguém lhe atire pedras, a chute ou assuste.
:o))

Sexta Feira 13

Caio a encontrou no campus da faculdade, num dia 12 de novembro.
Se não me engano, era uma sexta-feira.
Viu-a abandonada, com medo, e quando percebeu que ela estava sendo
ameaçada pelos estudantes (futuros engenheiros), não pensou duas vezes:
Trouxe-a para casa.
Recebeu o nome de Isabel, e muito amor.
Ela é linda, só come ração, tem um pelo lindo, e felinos olhos verdes.
(a bem da verdade, ela é bem bravinha, sabe? Talvez por ter sofrido tanto)
Vejam que bela foto da minha gata.



Sexta-feira 13, Bah!
Sabidamente os gatos pretos são os mais ameaçados nesses dias.
Santa ignorância.
Vi que no orkut tem uma comunidade só para quem odeia gatos.
Como é que pode alguém odiar um felino? Não posso entender.
Ah, os gatos pretos são especiais.
Eles falam.

Palmeiras e Cerro Porteño

Orlando em Blumenau.
Bruno em São Paulo, fazendo um curso, do Centro para o Parque
Felipe que chegou direto de Campinas.
Caio, que foi direto do trabalho.

E o Parmera me empata no Parque Antártica
0 x 0
Acho o fim da picada assistir a 90 minutos de futebol, e não ver nenhum gol.

Bom, de qualquer maneira, os três já chegaram.
Estão cansadíssimos.
E amanhã é outro dia.


12 maio 2005

Pra você, Lelê.



só para lembrar o quadro ganhei, pintado por você.
É muito mais que lindo.
:o))

Clarice, claridade, brilhante, luminosa

Clara como a luz do sol
Clareira luminosa nessa escuridão
Bela como a luz da lua
Estrela do oriente nesses mares do sul
Clareira azul do céu, na paisagem
Será magia, miragem, milagre
Será mistério

Ela, Clarice, minha amiga de Campinas, fez esse banner para mim.


Não é fofo?
Ela é minha amiga, trabalha e escreve lindamente.
Obrigada, Clarice.

http://www.sitio-tom-e-amigos.jor.br/

11 maio 2005

Paris



eu, magrinha em 1994.
magrinha, pero no mucho.

NON, JE NE REGRETTE RIEN

Je ne regrette rien
eu não lamento nada
Non! Rien de rien ...
Não! Nada de nada...
Non! Je ne regrette rien
Não! Eu não lamento nada
Ni le bien qu'on m'a fait
Nem o bem que me fizeram
Ni le mal, tout ça m'est bien égal!
Nem o mal, tudo isso me é igual !
Non! Rien de rien ...
Não! Nada de nada...
Non! Je ne regrette rien...
Não! Eu não lamento nada...
C'est payé, balayé, oublié
Está pago, varrido, esquecido
Je me fous du passé!
Que se dane o passado!>/em>
Avec mes souvenirs
Com minhas recordações
J'ai allumé le feu
Eu acendo a fogueira /em>
Mes chagrins, mes plaisirs
Minhas mágoas, meus prazeres
Je n'ai plus besoin d'eux!
Eu não preciso mais deles!
Balayés les amours
Varridos os amores
Et tous leurs trémolos
E todas suas hesitações
Balayés pour toujours
Varridos para sempre
Je repars à zéro...
Eu recomeço do zero...
Non! Rien de rien ...
Não! Nada de nada...
Non! Je ne regrette rien
Não! Eu não lamento nada>/em>
Ni le bien qu'on m'a fait
<em>Nem o bem que me fizeram

Ni le mal, tout ça m'est bien égal!

Nem o mal, tudo isso me é igual!
Non! Rien de rien ...
Não! Nada de nada...
Non! Je ne regrette rien
Não! Eu não lamento nada.
Car ma vie, car mes joies
Pois minha vida, pois minhas alegrias
Aujourd'hui, ça commence avec toi!
Hoje, começam com você!

[Charles Dumont/Michel Vaucaire/Edith Piaf]

Dívida.

Estou devendo torta de limão pra meio mundo.
Devo, não nego.
hihihi

Saudades, saudades, saudades.

Da Ercília, de Batatais.
Hora dessas pego um busão e vou pra lá.

10 maio 2005

Beijos especiais

pra Rê Saraceni.

Ontem

Passamos o dia todo com Ela
Um dia agradável, bastante animado.
Na volta, quando eu a deixei em casa, o convite:
-Entre um pouco.
-Não, quero ir pra casa. Já é tarde.
-Ah, tá cansada de mim, né?
-Não, tô cansada de mim!

Médicos, bah!

ginecologista

pressão alta
mamografia
ultrassonografia transvaginal
densitometria óssea
antiinflamatório
lipoma


urgente: ir ao cardiologista.

Embu das Artes

7 ervas, que comprei no Embu.
Saudades de lá.
Das ruazinhas, da feirinha, das lojas coloridas, dos cafés.
Das pessoas que lotam as ruas nos finais de semana.
Tão pertinho da cidade, e a gente se sente em outro lugar.
Na verdade, Embu é outro lugar.


Otto Lara Rezende

"Uma criança vê o que um adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que de tão visto ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher. Isso exige às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos.

É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença".

(Vista cansada).

Parabéns

Pra você!
VOCÊ, tá?
Um beijo e meu coração.



Enquanto isso, na Baixada...

Iscas de peixe, lula à dorê, molho tártaro, fritas.
Capirinha.
Um pilequinho.
Uma brisa agradável.
Um naviozão no mar.
Um japonês a acenar.
E a Marieta a parlar.

(Dizem que quem fala demais, dá bom dia a cavalo, ou dá tchau pro cargueiro)

Mala de turco

Posso estar triste, deprimida, acabada.
Mas ao primeiro agrado, ao primeiro sorriso, me abro feito mala de turco.
(palavras da Iracema, sobre mim) Será???

Foi lá

Que manequinho perdeu a capa!

08 maio 2005

Ela me fez assim:

Olha como eu fiquei:


Foi ELA,Vera
quem me fez assim.
Alta, magra, bonita...

Santos

Ai, Minha Nossa Senhora dos Imigrantes
Valei-me José de Anchieta
Lá vou eu!
De novo!

Meus filhos

Óleo santo, Água benta, Farinha de fazer hóstia.
Assim minha tia Antônia (ai que saudades) chamava meus "querubins"
Imaginem como eles eram bonzinhos.


Dia das Mães

A HORA DE SAIR DE CENA

Chupam gilete/ Bebem xampú
Ateiam fogo / No quarteirão
(Poema Enjoadinho - Vinícius de Moraes)


Quando nasce, é uma loucura: não tomou a mamadeira, está com dor de barriga, o cocô está verde, vomitou, arrotou, não arrotou, não dormiu bem. Termômetros, cremes, pomadas, talcos, gaze, algodão. Cotonetes, hipoglós, fraldas descartáveis, cestinhos, carrinhos, cadeirão. Vacinas, remédios, quanta preocupação. Começa a pré-escola: coitadinho. Tão pequenininho. Será que a professora vai ter paciência? E se ele chorar? Será que deveria ir para a escola tão cedo? Remorso. Primeiro grau: lave as mãos antes de comer. Escove dentes. Levante a tampa do vaso. Não brigue. Respeite a professora. Não pegue nada que não seja seu. Cuidado. Não corra. Faça a lição. Durma cedo. Televisão até as oito horas. Cuide do seu irmãozinho. Pré-adolescência: o que você está fazendo aí trancado? Abra já essa porta. O que está lendo? O que está assistindo? Olha lá, heim? Eu tô de olho em você. Não ponha o dedo no nariz. Que feio. Coma direito. Coma devagar. Lave as orelhas. Vou contar pro seu pai. Adolescência: não, não pode pegar o carro. Você não pode, não está apto. Abra já essa porta. Arrume suas coisas. Saia já da internet. Com quem está falando? Desliga esse telefone já. Tome banho, não durma tarde. Não chegue tarde. Estudou? Comeu direito? Leve agasalho. Passe filtro solar. Lave direito essa cabeça. Vá dormir mais cedo. Amanhã tem prova.

Até um dia que vem a terrível frase: "eu não pedi pra nascer". E a gente se arrebenta. E a gente se arrasa. E a gente definha. Mas que bobagem. Quem ainda não disse essa pérola? Todo mundo já falou isso um dia. "Eu não pedi pra nascer". E quando ouvimos isso de nossos filhos, nos enterramos. Ficamos péssimos. Invariavelmente essa frase é dita na adolescência, ou na pré-adolescência. Mas pensando bem, eles têm razão. Amor de mãe. Que coisa mais sufocante. É um amor desmedido, sim. Um amor absolutamente sem limites. A mãe deixa de ser ela mesma e passa a ser o filho. Viver a vida do filho. Respirar o ar do filho. Mesmo as mais modernas se flagram "sendo os mesmas e vivendo como nossos pais". Tudo o que não se quer é repetir os erros dos pais. Mas o que mais se faz é isso mesmo. Repetimos o que julgamos erros. Porque, basicamente, esse é o ciclo. Temos tanto amor que acabamos interferindo demais. Viramos as chatas, as vilãs. Nossos filhos vêm qualidades apenas nas mães dos outros. Claro. As outras mães não os incomodam. São só eventualmente presentes. Mas as nossas mesmo... Pô! Mãe é tudo igual. Só muda de endereço. Eu me acho moderna, atual, acompanho tudo. Mas me flagro fazendo várias dessas coisas descritas acima. E me censuro. E me policio. E volto a fazer. Sabe por que? Nós, mães, deveríamos saber a hora de sair de cena. Teria que ser mais ou menos como uma lei trabalhista. Mãe deveria ser um cargo. Um cargo a ser abandonado em certa altura da vida dos filhos. Passaria a ser apenas parte da família, como o pai e os irmãos. Porque mãe, mãe é uma chatice. Mãe não se toca. Mãe enche a paciência. Mãe é um porre.

Mães, desuni-vos. Vivam e deixem viver.

(mariazinha Cremasco)

07 maio 2005

As mães

Ouvi alguém dizendo que o melhor que
podemos dar para os filhos são raízes e asas.

Verdade.

Mourão de Porteira.


Minha avó dizia:
Mulher é como mourão de porteira:
aguenta o "baque" o dia inteiro.
tum, tum, tum.

Estou me sentindo um mourão.